O FENÔMENO TED


Considerado hoje o maior evento de inovação do planeta e cujas palestras deságuam na Web em www.ted.com, o TED surgiu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia e já teve entre seus palestrantes: Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama, Philippe Starck, além de brasileiros como Vik Muniz e Jaime Lerner.

O evento teve seu escopo alterado, no entanto, com a chegada da internet, que tornou possível levar as palestras presenciais aos quatro cantos do planeta.

A plateia das chamadas “TED Conference” é sempre muito concorrida – são mil lugares, disputados quase a tapas. Só para se ter uma ideia, os ingressos sempre se esgotam um ano antes!

As TED Conference “globais” acontecem duas vezes por ano: uma na Califórnia e outra em Oxford, na Inglaterra – no começo e no meio do ano, respectivamente. A premissa de todos os eventos é sempre a mesma: espalhar boas ideias que possam impactar positivamente a sociedade.

E o que nasceu como Technology, Entertainment and Design (por isso as letras TED) logo se tornou uma grande festa que mescla, com maestria, especialistas em diversas áreas do conhecimento.

Cada um palestra por 15 minutos, tempo mais que suficiente para a apresentação de um projeto ou uma ideia em busca de apoio.

Cerca de 600 das palestras já realizadas até agora estão disponíveis no site do evento e já foram acessadas por mais de 50 milhões de pessoas de 150 países. A cada ano, a organização – que tem a cidade de Nova York como sede - elege um pensador de destaque e repassa a este US$ 100 mil para que ele possa realizar “um desejo que vai mudar o mundo”. O último contemplado foi o famoso chef Jamie Oliver, que criou um projeto que ensina crianças a lidar com a comida.

O TED ganhou tanta fama e notoriedade que a organização, liderada por Chris Anderson, decidiu abrir licenciamento para a realização de TEDs locais, batizados de TEDx. Assim nasceram eventos que já estão sendo realizados em todo o planeta.

O primeiro TEDx brasileiro foi realizado em São Paulo, no final de 2009; já o segundo aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de maio, no Planetário da Gávea.

Agora, o TED internacional trabalha em quatro grandes frentes:

1- os TED Conference (os eventos presenciais),
2- as TED Talks (palestras virtuais coletadas em eventos que acontecem em todo o mundo),
3- o TED Prize (que premia a melhor ideia do ano)
4- e os TEDx (os eventos locais).


Assim, a organização pretende transformar seu mote “ideias que merecem ser espalhadas” cada vez mais em realidade.Dizem os organizadores do TED: “Acreditamos apaixonadamente no poder das ideias para mudar atitudes, vidas e, em última instância, o mundo”.

E pelo visto cada vez mais gente adere ao movimento. Tanto o TEDxSP quanto o TEDxSudeste, realizado no Rio, juntaram um público superior a 500 pessoas em locais de grande visibilidade. Todas as regras do TED são seguidas rigidamente – e os licenciados têm a responsabilidade de repassar cada parte do projeto ao TED internacional para ser aprovado.

Tudo para que a marca não se desvirtue e o público possa continuar recebendo verdadeiras aulas – seja presencialmente seja pela internet. Curiosidades: não se aceita patrocínio de fabricantes de bebidas alcoólicas, indústria do fumo, de armas, de fast food. Além disso, os eventos são realizados de forma voluntária, desde a organização principal até os palestrantes e atrações dos eventos.

No Rio de Janeiro, o TEDxSudeste reuniu pensadores como o urbanista e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, eleito pela Revista “Time” um dos maiores pensadores do planeta; o artista plástico Vik Muniz, que tratou de uma nova forma de filantropia através da arte; Guto Índio da Costa, designer que apresentou um projeto de mobilidade urbana, uma espécie de metrô de superfície chamado TEX; Karen Worcman, criadora do Museu da Pessoa; Tiago Pereira, responsável pelo projeto #doepalavras, que usa a internet para que pessoas que lutam contra o câncer recebam mensagens encorajadoras e inspiradoras; Karina Israel, uma das maiores especialistas brasileiras em Realidade Aumentada; Ronaldo Monteiro,fellow da Ashoka - maior rede de empreendedorismo social do planeta - que tem um projeto de inclusão social de egressos do sistema penitenciário; Rodrigo Pimentel, autor do livro “Elite da Tropa”, roteirista do filme “Tropa de Elite” e consultor em segurança pública; o americano John Perry Barlow, fundador da Electronic Frontier Foundation (EFF), criador do termo ciberespaço e ex-letrista da banda Grateful Dead; Tereza Costa d´Amaral, criadora do Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos das pessoas com deficiência (IBDD); Rodrigo Baggio, criador e presidente da ONG Comitê para a Democratização da Informática (CDI); Fred Gelli, especialista em branding 3.0 e design sustentável; o americano Andrew Essex, publicitário cuja agência foi eleita, pelo jornal “The Guardian”, a “mais quente” do planeta, e criador do Tap Project; o jovem Pedro Franceschi, de apenas 13 anos, um dos mais renomados desenvolvedores de aplicativos para iPhone, dentre muitos outros.

O que reúne tantos especialistas e um público sedento por conhecimento é o desejo de colaborar para a transformação da sociedade, dentro da sua especialidade – ou fora dela, através do cruzamento e colaboração entre os projetos. Desta forma, quanto mais diversificado for o time, mais o público ganha. E mais ideias podem ser espalhadas, pelo bem da sociedade

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