PORQUE FAZER UMA CERTIFICAÇÃO

RAZÕES PARA SE CERTIFICAR

A Certificação Profissional, entendida em seu sentido mais amplo como “o reconhecimento formal dos conhecimentos, habilidades, atitudes e competências do trabalhador, requeridos pelo sistema produtivo e definidos em termos de padrões ou normas acordadas previamente, independentemente da forma como foram adquiridos”,tem sido apresentada como recurso eficaz para organizar o mercado de trabalho e promover a produtividade, em um mundo cada vez mais caracterizado pela acelerada incorporação tecnológica, pelo domínio da informação e acentuado incremento do comércio internacional.

Esta alternativa tem animado um bom número de instituições governamentais e de setores empresariais a ensaiar a adoção de experiências que se estruturam em torno do conceito de certificação.

Particularmente, a certificação tem sido apontada como instrumento de ajuste a uma forma flexível de produção (capaz de adaptar-se aos freqüentes câmbios na demanda) e a um tipo de sociedade mais exigente quanto ao respeito a direitos sociais, o que se traduz em especial na maior atenção à cidadania e, no contexto da produção, no melhor atendimento ao consumidor.

Por outro lado, não se está indicando a certificação como um remédio para todos os males do mercado de trabalho ou mesmo como instrumento hábil para quaisquer condições ou circunstâncias das relações de trabalho. Não é por acaso que as discussões se tenham arrastado desde alguns anos e poucas iniciativas concretas se tenham desenvolvido até o momento.

João Batista Oliveira, citando Cláudio Moura Castro, justifica a necessidade da certificação como contrapartida à diversidade de instituições dedicadas à formação profissional, “facilitando a descentralização e multiplicação dessas instituições, e mantendo controle de qualidade, em que treinandos e empregadores possam avaliar facilmente a qualidade do preparo oferecido pelas instituições.”

A certificação resulta, também, importante para o mercado de trabalho porque proporciona informação objetiva e oportuna sobre o candidato a emprego, facilitando e reduzindo custos do processo de recrutamento e seleção.

As discussões sobre o avanço conceitual da certificação chegaram a propor uma linguagem comum e, sobretudo, a colocar as questões que não têm respostas prontas ou automáticas.

A decisão de adotar a certificação não é nada simples. E não existe uma regra acabada para aplicá-la. A menos que se esteja tratando das atividades de ponta, ligadas à alta tecnologia, onde a certificação completa a estratégia de qualidade total.

Nas áreas de petróleo, siderurgia, petroquímica, indústria automobilística, soldagem e assemelhados, a certificação de pessoal faz parte das garantias de precisão e de alcance de padrões de qualidade pré-estabelecidos e necessários à competitividade internacional.

Para o trabalhador, mais segurança e menos riscos de acidente. O comércio internacional também vem ampliando suas exigências quanto à garantia de qualidade, o que igualmente conduz ao recurso da certificação.

O reconhecimento da competência e o conhecimento adquiridao fora dos bancos escolares, em sociedades com baixas taxas de escolaridade e significativos índices de analfabetismo, colabora para que a certificação seja pensada como um instrumento de inserção social.

Existe ainda a perspectiva da certificação como instrumento de uma política de educação profissional permanente, comprometida em proporcionar a todo trabalhador maior autonomia e capacidade de gerir o seu próprio destino profissional, podendo proporcionar-lhe um maior leque de opções e oportunidades.

A concepção de uma economia mais produtiva e solidária, pressionando por uma elevação geral do nível de escolaridade e qualificação, apontaria para recursos racionalizantes, como a certificação.

Entre as instituições de formação profissional existe uma grande expectativa em relação aos benefícios da certificação. As primeiras iniciativas foram bastante tímidas e receosas, devido tanto ao que poderiam representar de avaliação institucional, quanto às convicções que prevaleciam, na época, quanto à impossibilidade de juntar formação e certificação debaixo de um mesmo teto institucional.

Mais recentemente essa dificuldade foi superada por normas um pouco mais flexíveis, vindas dos organismos internacionais de regulação, admitindo que uma mesma entidade possa cumprir as duas funções, desde que as equipes ou os respectivos departamentos mantenham autonomia claramente demonstrável.

Enfim, a decisão de assumir a implementação de um sistema de certificação é bastante complexa e em última instância deveria corresponder a situações em que todos os interessados pudessem alcançar benefícios, na forma de valor agregado.

Um comentário:

  1. QUERIA SABER PREÇO DE CURSO DE FIBRA OPTICA E SE EXISTE ALGUM CURSO GRATIS NA AREA ASSISTDIAS@GMAIL.COM

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